Quem tem um website sabe o quão ingrato muitas vezes é ter-se um bom produto mas o Google acaba por mostrar primeiro resultados de pesquisa de produtos inferiores da concorrência. Isto aplica-se não só a lojas online e vendas de serviços ou infoprodutos. Qualquer tipo de site tem de ter uma boa estratégia SEO se ambiciona sequer aparecer nas pesquisas, então aparecer nas primeiras posições requer um esforço ainda maior e algum domínio técnico.
Mas felizmente aparecer nas pesquisas não é algo que seja impossível de alcançar a quem não é especialista e há uma série de ações que podem ser feitas até pelos mais inexperientes que trará muito prémio com pouco esforço e posicionar um site no Google
É precisamente nessas ações que irei falar hoje, que farão toda a diferença entre aparecer ou não aparecer nas pesquisas. Estas dicas não estão em nenhuma ordem em específico.
Índice
Colocar meta-títulos e meta-descrições
Esta é das ações mais importantes no SEO de um site, já que é das formas mais importantes de mostrar ao Google e aos utilizadores do que é que se trata uma certa página. Podemos facilmente identificar essa informação quando pesquisamos, já que o meta-título é o que aparece clicável em cada resultado pesquisa e a meta-descrição é precisamente a descrição que aparece logo abaixo.
O Google utiliza as informações que colocamos em todas as metas (incluindo estas duas tão importantes) para entender do que é que se tratam as páginas, pelo que é de extrema importância que o que é aí colocado seja 100% correto e que corresponda exatamente ao conteúdo que o utilizador verá.
Caso não se coloque meta-descrição, o Google irá recolher um excerto dentro da própria página que acredite ser relevante para quem pesquisa. Ele também pode ignorar por completo as nossas meta-etiquetas caso considere que estamos a tentar enganá-lo de alguma maneira, sendo este um despiste comum para entender se um site está a ser penalizado.
Criar uma boa estrutura de títulos e subtítulos HTML
Um título HTML é basicamente o que chamamos um “heading” ou, precisamente em HTML, <h1>, enquanto que os subtítulos HTML podem ser <h2>, <h3>, etc. O Google considera importante que qualquer página esteja bem estruturada, dividida principalmente através destes títulos. Ele também utiliza os títulos para se guiar e interpretar o conteúdo do nosso texto / copywrite, em parte como acontece com as meta-etiquetas que falámos.
A estrutura deve ser organizada, començando sempre por um <h1> que não se repete mais vez nenhuma nessa página, seguida de vários <h2> e dentro de cada “Heading 2”, todos os subtítulos que forem convenientes. Não devemos saltar a hierarquia de títulos, nem utilizar títulos quando não é necessário nem utilizar estas etiquetas em vão ou vazias, como infelizmente acontece muito.
Por exemplo neste mesmo artigo o <h1> é o título do post, enquanto que cada dica é dividida por várias etiquetas HTML <h2>.
Escolher as melhores palavras-chave
Esta é a dica que talvez traga mais dificuldades para quem não domina o jogo do SEO. As palavras-chave são todas as palavras (ou pequenas frases, chamadas de “longtail”) que correspondam ao que falamos na página e que queremos com que o nosso site apareça quando alguém pesquisa por elas no Google.
Se o conteúdo for pensado para essas palavras-chave, o texto escrito já com essas palavras-chave e realmente são relevantes para o Google, isto fará com que ele esteja mais disposto a fazer com que o site apareça nas pesquisas.
Aqui é muito importante que não se abuse na utilização das palavras-chave, pois se o Google considerar tudo demasiado artificial e que só queremos é posicionar-nos nessas pesquisas, então o mais certo é acontecer precisamente o oposto. Uma má estratégia SEO pode penalizar em muito um site.
Melhorar a velocidade do site
Apesar de ser um pouco discutido, a verdade é que a velocidade do site tem impacto no SEO. Toda a experiência do utilizador tem impacto nas pesquisas e a velocidade é uma das métricas que o Google vai mais ao detalhe, já que ele próprio atribui pontuações dependendo de diversos fatores, como o tempo inicial de resposta do servidor (FCP), tempo até o último elemento do site é carregado (LCP), entre muitos outros detalhes técnicos.
Existem muitas ferramentas que permitem analisar a velocidade de carga do site, mas se não precisamos de uma análise demasiado técnica, nada melhor do que o PageSpeed Insights do próprio Google para ver o que é que está a prejudicar a velocidade.
Toda a experiência do utilizador tem impacto nas pesquisas e a velocidade é uma das métricas que o Google vai mais ao detalhe.
Esta análise ainda assim pode ser um pouco confusa para quem não é da área de Web Design mas há certas respostas que são fáceis de perceber e pela nossa experiência, como o peso das imagens (e ele indica-nos quais para a página analisada), scripts de terceiros que estejam a arrastar a carga ou a falta de algum tipo de otimização.
Muitas vezes é possível melhorar a pontuação através de uma boa otimização a nível de servidor / alojamento, a utilização de um bom sistema de cache, permitir carregar de forma diferida certos elementos (Lazyload) ou até usar uma boa CDN (Content Delivery Network).
Escolher o melhor alojamento web
Poderia juntar esta dica à anterior, mas na verdade escolher um bom alojamento web merece o seu próprio espaço. A verdade é que um bom alojamento irá impactar na velocidade do site, mas há outras coisas a ter em conta na escolha do alojamento, como por exemplo a sua localização.
Escolher um alojamento que esteja por exemplo em Portugal facilitar conseguir aparecer mais vezes em pesquisas que o Google considere importantes apresentar resultados portugueses. A distância do alojamento à pessoa que visita também irá influenciar em muito a velocidade, mais uma vez, já que o site será sempre mais lento se o alojamento estiver nos Estados Unidos e o visitante em Portugal.
A utilização de plataformas de criação de sites pode prejudicar também a capacidade de aparecer nas pesquisas, já que estas plataformas sugam muitas vezes parte da autoridade (importância que o Google dá ao nosso site). Isto torna-se especialmente verdade quando se utiliza as versões grátis destas ferramentas, podendo até estar bloqueados por defeito nas pesquisas.
Adaptabilidade para dispositivos móveis
Hoje em dia a maioria dos utilizadores vêm dos telemóveis, esta é uma verdade absoluta. É muito importante que o site seja “responsive” (ou em português, responsivo) para ser visível e facilmente navegável num telemóvel, tablet, ou até num frigorífico inteligente com acesso à Internet. Apesar do Google (ainda) não penalizar a má otimização de navegação através da nossa torradeira inteligente, a penalização por uma má experiência nos smartphones é das mais comuns.
É importante que independentemente do tamanho do ecrã, o site se adapte devidamente, o texto seja sempre visível, não há mais imagem e espaço do que conteúdo, que não haja conteúdo que vá para fora do ecrã, etc. Ainda existem muitos websites na Internet que não se adaptam aos telemóveis e o mais comum é que estes sites só apareçam nas pesquisas quando se procura pela marca ou empresa. Se o teu site não é responsive, então muito dificilmente consegues posicionar seja o que for.
Melhorar a navegação interna e distância de cliques
Por último uma dica tão ignorada como a primeira e igualmente importante. Imaginemos que para chegar a uma página, o utilizador tem dificuldades em clicar nos links, botões ou imagens necessárias para o fazer. O Google irá considerar o site não é fácil de navegar e irá penalizar na experiência do utilizador. A ausência de um menu de navegação, ou o facto de ser imprático é suficiente para o Google não nos querer recomendar nos seus resultados.
O número de cliques que se leva a chegar a uma página a partir da página principal também é um fator que o Google e outros motores de pesquisa têm em conta. Quantos mais cliques forem necessários para chegar a uma determinada página, menos importante o Google irá considerá-la e se não é importante para ti, ele irá interpretar que também não é para os utilizadores. Até a distância de um ficheiro descarregável (em pastas) influência em alguns motores de pesquisa, ainda que seja raro o SEO para download de ficheiros.
Se uma página nem sequer é acessível através de cliques pelo site, isto também irá pesar na consideração dos motores de pesquisas. Ele verá a página através do Sitemap (Mapa do Sítio), mas a não ser de acesso através da navegação normal no site (como se costuma fazer por exemplo nas páginas de vendas) é algo que, ainda que não penalize, dificulta que ganhe autoridade e que se posicione.